A maior parte dos cirurgiões trabalha em duas realidades distintas, vivendo uma dualidade: de um lado atuamos com dignidade e satisfação, e do outro com tristeza e angústia. Como atuar como especialista capacitado em um sistema de saúde pública sucateado? Como aplicar as novas tecnologias e falar em tratamento multimodal, neoadjuvante, em um sistema com orçamento mal aplicado e restrito? Para aonde vamos caminhar?

Esses são questionamentos que passam por minha mente diariamente. O tratamento do paciente portador de câncer gástrico no SUS é somente mais um dos nossos desafios. É ano de eleição e devemos estar atentos e testar novos quadros, esperando o melhor desses. Precisamos nos unir, conscientes do nosso papel modificador, aplicar todas as nossas habilidades, não apenas cirúrgicas, mas também de gestão e política na elaboração de propostas e solução de problemas. A palavra de ordem é cooperação!

É momento de arregaçar as mangas e trabalhar por nós e por nossos pacientes. Se necessário, nos reinventar diariamente. Render-se jamais!

Escrito por: Dr. Euclides Dias Martins Filho 
Vice-Presidente Regional - Nordeste

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